7 de fevereiro de 2012

Patrocinadores de futebol devem preocupar-se com os fãs

Mais importante do que a frequência com que vai ao estádio ou de o adepto ser sócio do clube, ser fã acérrimo é a dimensão mais importante para que o patrocínio se traduza numa clara intenção de compra. Daí que o elemento de maior influência seja o grau de ligação sentimental com o clube. Esta é uma das conclusões da tese de doutoramento “A Influência do Patrocínio no Comportamento dos Adeptos: O Caso do Futebol Profissional”, da autoria de Pedro Mendes e que foi defendida na semana passada em Madrid, na Universidad Rey Juan Carlos. Esta terça-feira é a vez de o investigador apresentar as conclusões durante a conferência Marketing & Consumption. What Future?, promovida pelo IPAM – The Marketing School, no Palácio Quintela, em Lisboa.

Pedro Mendes dirigiu uma investigação que tem como base quase 300 inquéritos a adeptos do Beira-Mar e da Académica. “Vários mestrados e doutoramentos centram-se nos três grandes”, justifica, quando questionado sobre a opção em analisar estes dois clubes rivais da zona Centro. Os resultados também indicam que 40 por cento destes adeptos não conhece o nome do patrocinador principal do seu clube. “Há uma percentagem significativa de adeptos que desconhecem o patrocinador principal do clube. Mesmo quando dizem que o conhecem, há uma percentagem que não o identifica correctamente”, detalha. O responsável alerta para as limitações de transpor estas conclusões para outros clubes, mas adianta que “este estudo é o pontapé de saída para algo mais global já que pretendemos alargar este estudo a todos os clubes da Liga profissional”.

Isaac Mostovicz, especialista israelita que tem uma carreira de 25 anos na indústria dos diamantes, e Ying Fan, investigador chinês da Northampton Business School e especialista em nation marketing, são outros dos nomes presentes na conferência Marketing & Consumption. What Future?.

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