A estratégia de patrocínios da Adidas está a gerar bons resultados, com o diretor executivo da marca de sportswear a destacar o sucesso dos investimentos realizados no âmbito dos Jogos Olímpicos de Londres e do campeonato europeu de futebol Euro 2012.
Face ao sucesso das campanhas promocionais desenvolvidas pela Adidas,
o CEO da empresa, Herbert Hainer, afirmou que a «nossa associação com
os grandes eventos desportivos diferencia-nos de toda a concorrência.».
As declarações surgiram numa altura em que a Adidas registou um
aumento de 30% nos resultados líquidos do primeiro semestre, cifrando-se
nos 455 milhões de euros, com as vendas do grupo a aumentarem 11% para
os 7,3 milhões de euros. A marca não faz segredo da sua ambição de
ultrapassar a Nike e tornar-se líder de mercado no Reino Unido em 2015,
apoiada em grande parte pelo seu patrocínio de 201 milhões de dólares
aos recentes Jogos Olímpicos.
Hainer disse ainda que a Adidas está a aproximar-se da Nike, tendo
aumentado a sua quota de mercado em dois pontos percentuais, e está
agora a apenas um ponto percentual da quota de mercado da eterna rival,
que foi recentemente estimada em 18% do mercado de vestuário de desporto
do Reino Unido.
Na realidade, a empresa alemã viu as vendas aumentar 24% este ano no
Reino Unido, um desempenho que o CEO atribuiu à sua campanha “Assumir o
palco”, com atividades no terreno em Londres e embaixadores da marca
como David Beckham. «Estes foram os Jogos melhor sucedidos que já
tivemos», enfatizou Hainer, com as vendas de produtos olímpicos
licenciados a aumentarem até 250% em relação às Olimpíadas de Pequim
2008.
Por outro lado, o patrocínio da marca ao campeonato de futebol Euro
2012 contribuiu para um aumento de 57% nas vendas de produtos de futebol
no segundo trimestre e um aumento de 25% em relação ao semestre. «O
Euro 2012 assumiu o palco central na primeira parte do ano, e não há
dúvida de que houve ganhos de mercado em 2012, quer através de
visibilidade da marca, vendas de produtos ou simplesmente a confirmação
do nosso estatuto como a marca mais inovadora no desporto», indicou
Hainer. «Mesmo num período de recessão económica na Europa, vendemos
mais camisolas e bolas de futebol do que em qualquer outro Campeonato da
Europa. Vendemos mais de um milhão de camisolas da Alemanha e quase um
milhão da Espanha», acrescentou.
Apesar de o futebol e os Jogos Olímpicos dominarem a maior parte do
foco da marca durante o primeiro semestre do ano, Hainer considera que o
período «não foi apenas futebol». Na realidade, a «forte linha de
produtos» da empresa contribuiu para ganhos em todas as suas áreas-chave
de desempenho, incluindo: corrida, basquetebol e desportos de exterior,
com as vendas dos produtos de desempenho a registarem uma subida de
12%.
No entanto, as notícias não foram todas positivas para a empresa, com
a marca Reebok a registar uma queda de 26% nas vendas durante o
primeiro semestre, uma evolução que foi atribuída a problemas legais na
Índia, à perda de um contrato na NFL e a desafios relativos às suas
operações na América Latina.
Apesar de Hainer admitir o seu «desapontamento» de que a marca não
possa aproveitar o impulso do ano passado, o CEO admitiu-se «otimista»
em relação às suas perspetivas para 2013. Na Índia, a empresa decidiu
avançar com acusações criminais contra ex-administradores acusados de
fraude.
Fonte: Portugal Têxtil
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