11 de setembro de 2012

Patrocínios compensam Adidas

A estratégia de patrocínios da Adidas está a gerar bons resultados, com o diretor executivo da marca de sportswear a destacar o sucesso dos investimentos realizados no âmbito dos Jogos Olímpicos de Londres e do campeonato europeu de futebol Euro 2012.


Face ao sucesso das campanhas promocionais desenvolvidas pela Adidas, o CEO da empresa, Herbert Hainer, afirmou que a «nossa associação com os grandes eventos desportivos diferencia-nos de toda a concorrência.».

As declarações surgiram numa altura em que a Adidas registou um aumento de 30% nos resultados líquidos do primeiro semestre, cifrando-se nos 455 milhões de euros, com as vendas do grupo a aumentarem 11% para os 7,3 milhões de euros. A marca não faz segredo da sua ambição de ultrapassar a Nike e tornar-se líder de mercado no Reino Unido em 2015, apoiada em grande parte pelo seu patrocínio de 201 milhões de dólares aos recentes Jogos Olímpicos.

Hainer disse ainda que a Adidas está a aproximar-se da Nike, tendo aumentado a sua quota de mercado em dois pontos percentuais, e está agora a apenas um ponto percentual da quota de mercado da eterna rival, que foi recentemente estimada em 18% do mercado de vestuário de desporto do Reino Unido.

Na realidade, a empresa alemã viu as vendas aumentar 24% este ano no Reino Unido, um desempenho que o CEO atribuiu à sua campanha “Assumir o palco”, com atividades no terreno em Londres e embaixadores da marca como David Beckham. «Estes foram os Jogos melhor sucedidos que já tivemos», enfatizou Hainer, com as vendas de produtos olímpicos licenciados a aumentarem até 250% em relação às Olimpíadas de Pequim 2008.

Por outro lado, o patrocínio da marca ao campeonato de futebol Euro 2012 contribuiu para um aumento de 57% nas vendas de produtos de futebol no segundo trimestre e um aumento de 25% em relação ao semestre. «O Euro 2012 assumiu o palco central na primeira parte do ano, e não há dúvida de que houve ganhos de mercado em 2012, quer através de visibilidade da marca, vendas de produtos ou simplesmente a confirmação do nosso estatuto como a marca mais inovadora no desporto», indicou Hainer. «Mesmo num período de recessão económica na Europa, vendemos mais camisolas e bolas de futebol do que em qualquer outro Campeonato da Europa. Vendemos mais de um milhão de camisolas da Alemanha e quase um milhão da Espanha», acrescentou.

Apesar de o futebol e os Jogos Olímpicos dominarem a maior parte do foco da marca durante o primeiro semestre do ano, Hainer considera que o período «não foi apenas futebol». Na realidade, a «forte linha de produtos» da empresa contribuiu para ganhos em todas as suas áreas-chave de desempenho, incluindo: corrida, basquetebol e desportos de exterior, com as vendas dos produtos de desempenho a registarem uma subida de 12%.

No entanto, as notícias não foram todas positivas para a empresa, com a marca Reebok a registar uma queda de 26% nas vendas durante o primeiro semestre, uma evolução que foi atribuída a problemas legais na Índia, à perda de um contrato na NFL e a desafios relativos às suas operações na América Latina.
Apesar de Hainer admitir o seu «desapontamento» de que a marca não possa aproveitar o impulso do ano passado, o CEO admitiu-se «otimista» em relação às suas perspetivas para 2013. Na Índia, a empresa decidiu avançar com acusações criminais contra ex-administradores acusados de fraude.

Fonte: Portugal Têxtil

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