A revista digital FutÁfrica, um projecto do jornalista Pedro Santos,
que acaba de editar o primeiro número, pretende divulgar o desporto que
se faz no continente africano, sobretudo nos países lusófonos.
Em declarações à Lusa, Pedro Santos, que é o responsável pelos
conteúdos editoriais, disse que a revista de 44 páginas, cujo primeiro
número pode ser consultado gratuitamente, expõe “conteúdos em que
sobressaem os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa”.
Pedro Santos, de 39 anos e com experiência de jornalismo desportivo,
justificou a escolha com “razões históricas e culturais” e a necessidade
de “fugir ao desporto habitualmente abordado” pela comunicação social
em Portugal.
A revista FutÁfrica é uma tentativa editorial de “descentralizar”,
porque “as coisas estão muito concentradas no futebol que se pratica em
Portugal” e noutros países europeus, assinalou.
Já há “um maior interesse” pelos “muitos desportistas do continente
africano” que vivem e trabalham na Europa e “começa a haver um
acompanhamento do seu trabalho”, reconheceu.
Porém, é preciso “maior atenção” e Pedro Santos quer chegar aos
leitores dos PALOP, que, “se calhar, não têm conhecimento” dos percursos
dos seus desportistas.
Tendo o “futebol como tema dominante” – no actual número, faz-se
referência ao praticado em S. Tomé e Príncipe, Angola, Cabo Verde,
Moçambique, Egipto, Guiné-Bissau –, a revista aborda também outras
modalidades – hóquei em patins, basquetebol, atletismo – e inclui
artigos de especialistas desportivos.
Com o apoio de duas empresas e recurso a colaboradores, o jornalista
pretende financiar o projecto através de publicidade e da venda dos
exemplares seguintes da revista, que se manterá exclusivamente digital,
embora, por questões “românticas”, gostasse de a ver em papel, ideia
logo afastada em “tempos de crise”.
A revista aposta também na interacção com os leitores, através do
Facebook e das “quatro páginas” que reserva às suas opiniões. No
primeiro número, coube-lhes eleger o melhor jogador africano. Didier
Drogba, da Costa do Marfim, foi o eleito.
Também a escolha da capa – com a atleta moçambicana Maria de Lurdes
Mutola – decorreu de uma votação feita por 33 mil pessoas no Facebook.
Fonte: Lusa
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