9 de maio de 2012

João Malha em entrevista

João Malha, profissional da Cunha Vaz & Associados que foi nomeado para assumir as funções de director de marketing e comunicação do Comité Olímpico de Portugal, fala sobre as vantagens de um patrocínio a esta entidade e faz um balanço dos apoios conseguidos até agora. Já depois desta entrevista, o COP anunciou mais um patrocinador: o Millennium BCP.

Meios & Publicidade (M&P): As condições económicas do país agravaram-se desde os últimos Jogos Olímpicos. Na organização deste ano houve uma redução na afluência de patrocinadores ao Comité Olímpico?
João Malha (JM): O panorama económico é sempre condicionante da área de patrocínios dado que as empresas têm menor disponibilidade para investir. Contudo, o Comité Olímpico de Portugal (COP) desenvolveu nos últimos meses uma estratégia de aproximação que gerou excelentes resultados. Conseguimos reunir um conjunto de sponsors nacionais e internacionais de referência que nos garantem um importante apoio ao sucesso da Missão Portuguesa aos Jogos Olímpicos Londres 2012.

M&P: Quantas marcas já se associaram como patrocinadoras à edição deste ano?
JM: Neste momento o COP tem um total de nove patrocinadores (Continente, Delta Cafés, REN, EDP, Modalfa, Sportzone, HPP, Samsung e P&G). Para além disso, contamos ainda com vários parceiros de referência: PT, Visa, RTP, Cosmos Viagens, Schenker, Sorisa, Bastos Viegas, Shamir e Cision.

M&P: E individualmente, quais são os atletas portugueses que estão a conseguir captar maior interesse de patrocinadores?
JM: Dado que o COP não detém os direitos de imagem dos atletas, esse tipo de acordos não passa por nós.

M&P: Sentem que as marcas preferem patrocinar os atletas a nível individual? Quais são as grandes vantagens para uma marca em se associar ao Comité Olímpico Português como patrocinadora?
JM: Não existe uma preferência. Muitas das marcas que patrocinam o COP associam-se também individualmente a muitos atletas dado que vêem nos Jogos Olímpicos um evento de referência para se associarem. Em termos de vantagens da associação de uma marca ao COP, sem dúvida que a notoriedade é um dos pontos a destacar, dada a ligação que é garantida ao maior evento multi-desportivo do mundo, sobre o qual recaem as atenções de todo o mundo. Simultaneamente, permite às marcas ligarem-se às emoções dos seus consumidores através do desporto. Portugal é um país de gente apaixonada pelo desporto e esta associação garante às marcas esse capital emocional que é decisivo no momento da decisão de compra. O COP está ainda a preparar um conjunto de iniciativas com o objectivo de garantirmos a maior visibilidade possível aos nossos sponsors, para além do retorno mediático que os Jogos Olímpicos lhes asseguram.

M&P: Estão a preparar o projecto Ambição Olímpica, que culminará com um espectáculo no Terreiro do Paço. Que detalhes podem já adiantar sobre este evento? Será esta a principal plataforma de activação dos patrocinadores?
JM: O projecto Ambição Olímpica não é uma organização do COP mas sim da empresa privada chamada Identidade Nacional, apesar de contar com o nosso apoio e onde será apresentada oficialmente a comitiva portuguesa que irá a Londres. A activação dos patrocinadores será feita de diversas formas. Várias das marcas têm acções próprias pensadas, umas já apresentadas publicamente, outras que o serão em breve. Para além disso, o COP está a desenvolver um conjunto de actividades que visam potenciar também os nossos patrocinadores. Estas acções contam com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, parceiro estratégico para a concretização destas acções. As acções serão apresentação dos uniformes da Missão aos Jogos Olímpicos Londres 2012 (21 de Maio – Paços do Concelho, Lisboa), Dia Olímpico (6 de Junho – Quinta das Conchas – com mais de 3 mil crianças de escolas primárias de Lisboa) e Casa de Portugal (em Lambeth, Londres – durante os Jogos Olímpicos), que será um espaço de convívio para a maior comunidade lusófona na capital inglesa e de promoção da cultura e história do país, através de uma zona de exposição que dará amplo destaque ao Fado, património imaterial da humanidade.

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