A marca de sportswear vai entrar no segmento de senhora e planeia
duplicar as receitas, para 4 mil milhões de dólares, nos próximos três
anos, à medida que prossegue ao longo do que considera ser o “próximo
capítulo” da sua evolução empresarial.
Em declarações no início de junho, durante o dia do investidor
organizado pela empresa, o diretor-executivo e fundador da Under Armour,
Kevin Plank, anunciou que a empresa vai «chegar a um novo consumidor,
em novas geografias, com novas estratégias e novas formas de vender e
comunicar com eles.»
O vestuário de mulher já foi um motor de crescimento forte para a
Under Armour e a marca espera que o negócio se aproxime dos 500 milhões
de dólares em 2016. «É francamente a nossa maior oportunidade de produto
e nunca estivemos tão bem preparados para tirar o devido proveito»,
justificou Plank, acrescentando ainda que existem consumidoras que a
empresa não tem vindo a abordar e está agora a trabalhar para conseguir
mais consumidores vocacionados para a moda.
Falando sobre o produto mais importante para os consumidores do sexo
feminino, Gwyn Wiadro, vice-presidente global de vestuário de mulher,
revelou que «para a mulher atlética, o sutiã desportivo é a peça de
vestuário mais importante que ela poderá escolher. Este negócio, que
outrora representava menos de 6% do nosso total, deverá ultrapassar os
140 milhões de dólares até 2016».
Outra oportunidade que a empresa antevê é através da expansão
internacional. «O internacional vai ser o nosso primeiro capítulo que
não será apenas escrito em inglês, mas em espanhol, mandarim, português e
muitas outras línguas faladas em todo o mundo», indicou Plank. O
responsável referiu ainda que «o [mercado] internacional é a maior
oportunidade para a marca Under Armour, porque acreditamos que estamos
agora numa posição onde a nossa estratégia está realmente alinhada com a
dimensão dessa oportunidade».
O que isto significa é que a empresa vai concentrar-se nos três
maiores mercados da Ásia, Europa e América Latina. Na Ásia significa
China, Coreia e Japão, enquanto na Europa, a empresa vai construir a sua
presença no Reino Unido, França e Alemanha. Na América Latina, incidirá
sobre o México, Brasil e Argentina, divulgou o presidente da área
internacional, Karl-Heinz Maurath. A empresa também pretende lançar uma
subsidiária na Austrália nos próximos dois anos.
Na Europa, a Under Armour está atualmente no processo de conversão de
um modelo de distribuidor para a criação dos seus próprios escritórios
de vendas nos principais mercados europeus. Maurath explicou que a Under
Armour vê o crescimento anual acumulado em vez de por mercado, prevendo
chegar aos 20% a 60% ao longo dos próximos três anos. Uma proporção de
12% da receita total deverá vir de vendas internacionais em 2016.
Em relação ao tempo que poderá demorar para que os planos
internacionais avancem em bom ritmo, Maurath afirmou que «honestamente,
na realidade não será no Campeonato do Mundo de 2014, mas para a Copa
América 2015, e os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016».
A empresa está também a trabalhar para desenvolver a sua cadeia de
aprovisionamento, considerando esta como uma área em que «é preciso
continuar a desenvolver competências essenciais em pessoas, processos e
sistemas, de forma a atingir as nossas ambições de crescimento global»,
segundo o diretor financeiro Brad Dickerson. Estrategicamente, o foco
será em três objetivos: equilibrar a resposta à procura com a gestão
eficiente do fornecimento, melhorar custos e margens, mantendo os
padrões e desenvolver uma cadeia de aprovisionamento eficiente para o
longo prazo.
Fonte: Portugal Têxtil
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