27 de junho de 2013

Under Armour no feminino

A marca de sportswear vai entrar no segmento de senhora e planeia duplicar as receitas, para 4 mil milhões de dólares, nos próximos três anos, à medida que prossegue ao longo do que considera ser o “próximo capítulo” da sua evolução empresarial.

Em declarações no início de junho, durante o dia do investidor organizado pela empresa, o diretor-executivo e fundador da Under Armour, Kevin Plank, anunciou que a empresa vai «chegar a um novo consumidor, em novas geografias, com novas estratégias e novas formas de vender e comunicar com eles.»

O vestuário de mulher já foi um motor de crescimento forte para a Under Armour e a marca espera que o negócio se aproxime dos 500 milhões de dólares em 2016. «É francamente a nossa maior oportunidade de produto e nunca estivemos tão bem preparados para tirar o devido proveito», justificou Plank, acrescentando ainda que existem consumidoras que a empresa não tem vindo a abordar e está agora a trabalhar para conseguir mais consumidores vocacionados para a moda.

Falando sobre o produto mais importante para os consumidores do sexo feminino, Gwyn Wiadro, vice-presidente global de vestuário de mulher, revelou que «para a mulher atlética, o sutiã desportivo é a peça de vestuário mais importante que ela poderá escolher. Este negócio, que outrora representava menos de 6% do nosso total, deverá ultrapassar os 140 milhões de dólares até 2016».

Outra oportunidade que a empresa antevê é através da expansão internacional. «O internacional vai ser o nosso primeiro capítulo que não será apenas escrito em inglês, mas em espanhol, mandarim, português e muitas outras línguas faladas em todo o mundo», indicou Plank. O responsável referiu ainda que «o [mercado] internacional é a maior oportunidade para a marca Under Armour, porque acreditamos que estamos agora numa posição onde a nossa estratégia está realmente alinhada com a dimensão dessa oportunidade».

O que isto significa é que a empresa vai concentrar-se nos três maiores mercados da Ásia, Europa e América Latina. Na Ásia significa China, Coreia e Japão, enquanto na Europa, a empresa vai construir a sua presença no Reino Unido, França e Alemanha. Na América Latina, incidirá sobre o México, Brasil e Argentina, divulgou o presidente da área internacional, Karl-Heinz Maurath. A empresa também pretende lançar uma subsidiária na Austrália nos próximos dois anos.

Na Europa, a Under Armour está atualmente no processo de conversão de um modelo de distribuidor para a criação dos seus próprios escritórios de vendas nos principais mercados europeus. Maurath explicou que a Under Armour vê o crescimento anual acumulado em vez de por mercado, prevendo chegar aos 20% a 60% ao longo dos próximos três anos. Uma proporção de 12% da receita total deverá vir de vendas internacionais em 2016.

Em relação ao tempo que poderá demorar para que os planos internacionais avancem em bom ritmo, Maurath afirmou que «honestamente, na realidade não será no Campeonato do Mundo de 2014, mas para a Copa América 2015, e os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016».

A empresa está também a trabalhar para desenvolver a sua cadeia de aprovisionamento, considerando esta como uma área em que «é preciso continuar a desenvolver competências essenciais em pessoas, processos e sistemas, de forma a atingir as nossas ambições de crescimento global», segundo o diretor financeiro Brad Dickerson. Estrategicamente, o foco será em três objetivos: equilibrar a resposta à procura com a gestão eficiente do fornecimento, melhorar custos e margens, mantendo os padrões e desenvolver uma cadeia de aprovisionamento eficiente para o longo prazo.

Fonte: Portugal Têxtil

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